"Há nos confins da Ibéria um povo que nem se governa nem se deixa governar."
Caius Julius Caesar

18 fevereiro, 2010

Se mudava alguma coisa?

A intenção, aparentemente, é boa. Tudo aquilo que é descriminar pessoas, e a sua dignidade, pela razão da sua orientação sexual é moralmente lamentável. Não é menos lamentável, porém, que para se salvarem os anéis se cortem os dedos. Se a minha mãe fosse lésbica mudava muita coisa. Não seria motivo suficiente para que se quebrassem os meus laços afectivos para com ela, mas que muita coisa mudava não há dúvida. O mesmo se o meu pai fosse gay. Todos nós desejamos naturalmente que nosso pai e nossa mãe sejam felizes juntos. Se não temos esse desejo é por uma de duas razões: ou porque nunca os vimos juntos e é já natural que seja assim; ou porque o casamento (convivência) entre eles foi uma catástrofe. Se mudava alguma coisa, saber que a minha mãe arranjou namorada?

Se a minha mãe fosse lésbica, provavelmente não teria irmãos;

Se a minha mãe fosse lésbica, não sei se viveria com ela. Se vivesse, então não viveria com o meu pai;

Se a minha mãe fosse lésbica, possivelmente seria amasculinada e, como tal, necessariamente menos mãe; de outra forma seria igualmente maternal, mas teria um pai  que afinal era uma mulher; ou então nem isso era e, afinal, nem pai tinha mas uma mãe e uma tia que dormem juntas;

Se a minha mãe fosse lésbica ia muita coisa fazer-me confusão e a última coisa com que me ia preocupar era homofobia, não ia ter medo da minha mãe!

Se a minha mãe fosse lésbica a minha família simplesmente se desfazia;

Portanto, se a minha mãe fosse lésbica mudava muita coisa.

Por vezes questiono-me se estas ditas campanhas contra a homofobia não serão afinal campanhas que promovem a homossexualidade como se fosse igual ser homo ou hetero. Não é igual! Dizer isso é dizer que a sexualidade humana não tem valor. Ora, esta vale na medida em que permite que duas pessoas diferentes se entreguem e se recebam sem medo da diferença. Nós não somos uns seres que temos um sexo como extra. Somos homens e mulheres e o ser homem e ser mulher – na respectiva sexualidade – destrói-se na homossexualidade. A homossexualidade corresponde justamente à rejeição daquilo que é diferente e a um fecho à vida com pretexto de liberdade.

Também me questiono por que razão é que a CML apoia isto.

Não tenho medo nenhum de homossexuais, aceito-os perfeitamente na minha sociedade como são e respeito as suas escolhas e modos de vida. Do que tenho medo é que esta tendência homossexualizante e a sua promoção destruam o que resta da família, verdadeiro alicerce e fundamento da sociedade. Uma sociedade tendencialmente homossexual ou heterossexual esterilizada não tem capacidade para gerar famílias que sustentem uma civilização. Também tenho medo deste novo conceito de família: em que o compromisso e o espírito de missão - geradores de um afecto perene, saudável e estável - dão lugar ao afecto gerado pelo hedonismo e pelo prazer - inseguros, incertos e instáveis. Pela árvore se vê o fruto. Que fruto poderemos colher desta “nova” “família”?

1 comentário:

  1. "Por vezes questiono-me se estas ditas campanhas contra a homofobia não serão afinal campanhas que promovem a homossexualidade como se fosse igual ser homo ou hetero. Não é igual! Dizer isso é dizer que a sexualidade humana não tem valor. Ora, esta vale na medida em que permite que duas pessoas diferentes se entreguem e se recebam sem medo da diferença. Nós não somos uns seres que temos um sexo como extra. Somos homens e mulheres e o ser homem e ser mulher – na respectiva sexualidade – destrói-se na homossexualidade"



    ?? O quê? Tal idiotice nem merece comentários...

    Mas opiniões há muitas!
    Dou-te o silêncio como sinal de respeito pela tua...

    ResponderEliminar